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O impacto da cannabis na economia brasileira: números que você precisa conhecer

O setor da cannabis está deixando de ser uma promessa para se consolidar como uma realidade econômica com impacto direto na geração de renda, empregos e inovação. Se engana quem ainda vê a cannabis apenas pelo viés da saúde ou do consumo recreativo. Em 2024, os números falam por si só — e revelam um mercado robusto, com potencial bilionário, mesmo em meio a regulamentações ainda em desenvolvimento.

Para começar, o mercado de cannabis medicinal no Brasil já movimenta mais de R$ 852 milhões por ano, considerando apenas os pacientes ativos e autorizados pela Anvisa. Mas esse número pode ser ainda maior: quando somamos potenciais usuários, produtos em diferentes estágios de regulamentação e canais alternativos, o valor total ultrapassa os R$ 9,4 bilhões, como mostramos no nosso estudo completo sobre o impacto econômico da cannabis.

Outro setor que chama atenção é o de growshops, headshops e marcas voltadas para o consumo de produtos como sedas, tabacos, acessórios e insumos para cultivo. Atualmente, esse mercado movimenta mais de R$ 1 bilhão ao ano no Brasil e já soma mais de 7.100 tabacarias ativas em território nacional. O que antes era um nicho, hoje representa uma cadeia produtiva complexa, com oportunidades para marcas, distribuidores e pequenos varejistas.

E não é só o consumo direto que movimenta dinheiro. A cannabis também impulsiona a ciência, a tecnologia e a inovação. Nos últimos anos, houve um crescimento considerável no número de pesquisas científicas publicadas sobre a planta, abordando desde o uso medicinal até aplicações em saúde mental, dor crônica e sono. Em 2024, 12% dos estudos publicados no Brasil abordaram outros canabinoides além do CBD, como THC, CBN e CBG — o que sinaliza o amadurecimento técnico do setor.

No campo das políticas públicas, os avanços também têm reflexos econômicos. A distribuição de produtos pelo SUS em São Paulo, as novas autorizações da Anvisa e a reclassificação da cannabis em outros países — como a Alemanha e os EUA — têm estimulado o debate sobre o modelo regulatório ideal para o Brasil. Cada novo passo amplia as possibilidades de investimento, inovação e abertura de mercado.

Esses movimentos impactam diretamente o perfil do consumidor, que está cada vez mais informado e exigente. O que também exige que as marcas saibam se posicionar de forma estratégica, com uma comunicação clara, educativa e alinhada às regulamentações do setor.

Fonte: Kaya Mind
Foto de Kindel Media

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