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Pesquisadoras baianas criam aplicativos destinados às mulheres com doença falciforme na gravidez e no puerpério

A Doença Falciforme é o distúrbio genético mais comum no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de pacientes que convivem com a doença no país pode chegar a 100 mil. Durante a gravidez, a DF é considerada de alto risco e, sem os cuidados ou acompanhamentos adequados, pode provocar graves complicações à saúde, inclusive levar à morte. Visando disseminar a importância do autocuidado da doença, especialmente entre mulheres grávidas e puérperas, um grupo de pesquisadoras da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (Ufba), desenvolveu dois aplicativos, “DF Gestar” e “DF Puerpério”, com o propósito de promover a saúde e reduzir os riscos associados a essa enfermidade.

A Bahia se destaca por ser o estado brasileiro com maior incidência da doença, que geralmente afeta pretos, pardos e afrodescendentes. Os aplicativos têm como ponto central facilitar o entendimento sobre a Doença Falciforme na vida das mulheres grávidas e puérperas, mas podem ser utilizados por qualquer outro público que tenha interesse em saber mais sobre a DF, incluindo os profissionais de saúde. Cuidados relacionados ao preparo das mamas e amamentação, orientações sobre nutrição para a mulher, vacinas, o que fazer na crise álgica, são alguns temas disponíveis para consulta.

De acordo com a professora Silvia Lúcia Ferreira, pesquisadora responsável e doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo, é necessário dar mais visibilidade às pessoas com essa enfermidade. “O objetivo dos aplicativos é propagar as estratégias de autocuidado para as gestantes e puérperas visando a promoção da saúde e diminuição, através da educação em saúde, dos riscos e complicações que podem aparecer nesta etapa da vida das mulheres que optam por engravidar”, destaca.

Atualmente, a pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O estudo tem parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e da Associação Baiana de Doença Falciforme (Abadfal) – associação criada com a missão de acolher, dialogar e passar a informação adequada para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a DF. A equipe reúne as enfermeiras Ane Caroline da Cruz, Eliene Almeida, Renata Costa, Lorena dos Santos e Thais Lima, as bolsistas de iniciação científica Adriele Gomes, Larissa Santos, Stefane Santos, Tamires Santos e Maria Eduarda de Oliveira, bolsista júnior do Colégio Estadual Pedro Calmon, além do analista de sistema, Renan Mascarenhas.

Fonte: Ascom/Secti
Foto: Gabriel Pinheiro/Secti

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