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Políticas públicas e protagonismo das mulheres revolucionam o rural da Bahia

Neste Dia Internacional da Mulher, a Bahia celebra os avanços na execução de políticas públicas para mulheres e, o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), segue com a execução de ações que vem promovendo inclusão produtiva, geração de renda e autonomia para mulheres agricultoras familiares, em todo o estado.

São centenas de empreendimentos sob liderança feminina ou com maioria de mulheres, apoiados com infraestrutura, equipamentos, capacitação, assistência técnica e insumos. Centenas de agroindústrias foram entregues, com todos os equipamentos, para proporcionar as condições adequadas para o beneficiamento de matérias-primas como: mandioca, licuri, café e cacau, dentre outras.

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Foto: Ascom/CAR

Por meio de projetos como o Pró-Semiárido, que atua junto a mais de 75 mil famílias, sendo mais de 41 mil mulheres como chefes de família, foram desenvolvidas iniciativas como a Caderneta Agroecológica, que capacita e permite a sistematização das atividades, possibilitando uma participação ativa dessas mulheres no desenvolvimento de suas comunidades, entre outras ações.

No projeto Bahia que Produz e Alimenta, que atua em todo o estado, a participação das mulheres é também uma das prioridades nos Editais, além de estar previsto um Edital especifico para elas. Outro projeto da CAR, que iniciará a execução neste ano de 2025, com cota de 50% de mulheres no público de beneficiários (as) é o Parceiros da Mata, que atuará no bioma Mata Atlântica, abrangendo comunidades rurais dos territórios de identidade Médio Rio das Contas, Vale do Jiquiriçá, Baixo Sul e Litoral Sul.

Foto: Ascom/CAR

Estão ainda em execução editais específicos para mulheres, como o de Dinamização Produtiva de Empreendimentos Solidários Liderados por Mulheres e outro voltado para Mulheres Indígenas, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).

“A CAR, que sempre foi comprometida com a valorização do trabalho das mulheres rurais, que são maioria na agricultura familiar e deixam a sua marca em cada produto de qualidade que entregam, segue trabalhando por um rural cada vez com mais igualdade e oportunidades, com novas ações que, com certeza, terão participação efetiva das mulheres”, destaca Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da CAR.

Por meio dessas políticas públicas, organizações produtivas como a Cooperativa Feminina da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Valença (Coomafes), estão avançando e garantindo autonomia para as mulheres. A presidente da Coomafes, Maria Joselita Santos da Costa, conhecida como Branca, fala dos impactos de ser uma mulher do campo e poder acessar políticas públicas. “É constatar a importância da nossa luta por autonomia, geração de renda no campo e empoderamento feminino”.

Foto: Ascom/CAR

Tudo isso foi potencializado com a implantação de quintais produtivos com aviários, sistema de irrigação, aquisição de máquinas e equipamentos, barracas padronizadas para a realização de uma feira e também um veículo utilitário.

Outra mulher à frente de uma organização produtiva apoiada pela CAR é Meirevanda Oliveira dos Santos, presidente da Cooperativa dos Trabalhadores na Agricultura Familiar Economia Solidária Sustentável dos Territórios do Vale do Jiquiricá e Baixo Sul da Bahia (Coopeipe), com sede em Mutuípe, que é responsável pela gestão de uma agroindústria, instalada em Amargosa, requalificada e equipada pelo Governo do Estado, por meio da CAR. Meirevanda fala sobre desafios e ressalta a superação de muitos deles, a partir do apoio do Estado.

“A mulher sofreu muito preconceito, não tinha voz ativa, mas, hoje, estamos produzindo, gerando emprego e renda e nos destacando a cada dia. Superamo-nos dia após dia e chegamos a lugares que jamais nós poderíamos imaginar estar. Quantas mulheres hoje estão aí sendo independentes, bem valorizadas, como nunca antes? Isso é inclusão. E, hoje, a agricultura familiar tem valorizado mais as mulheres e dado mais oportunidades, e o cooperativismo e associativismo tem abraçado a causa da mulher e nós temos conseguido ir mais além”, observa Meirevanda.

Foto: Ascom/CAR

A Cooperativa Agropecuária Mista Regional de Irecê (Copirecê), que possui a maior planta industrial de produção de derivados de milho da agricultura familiar do Brasil, por meio das ações da CAR, também é dirigida atualmente por uma mulher, Zene Vieira. Ela declara o quanto o apoio do Governo do Estado na agricultura familiar é importante para as mulheres.

“Ser mulher e poder contar com a política pública é importante porque podemos nos colocar com altivez em tudo o que nós somos capazes de entregar, com muita responsabilidade e cuidado com nossas ações e com o próximo. Para a mulher que está no meio rural é fundamental ter acesso a políticas públicas que possam gerar renda para sua família e para sua comunidade. Acesso à política pública é desenvolvimento para a comunidade em que nós mulheres estamos inseridas, com isso, a geração de renda acontece e todos crescem. Isso é dignidade e isso nos torna fortes, coletivamente”, afirma Zene.

Fonte / Foto: Ascom/CAR

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