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Programas de assistência técnica para mulheres rurais promovem autonomia para agricultoras familiares baianas

No Portal do Sertão, a agricultora Vera Cerqueira, da comunidade do Murici, em Santanópolis, diversificou sua produção e já está pensando em aumentar a criação de galinhas poedeiras. Isso foi possível após a produtora conseguir organizar suas finanças por meio dos cursos de formação e da Caderneta Agroecológica, ferramenta implantada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, através da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), para melhorar a gestão dos empreendimentos rurais.

Vera é uma de beneficiárias do Ater Mulheres Rurais, política pública do Governo da Bahia que investiu R$ 25,5 milhões para a melhoria na qualidade de vida de 5,4 mil agricultoras familiares, em 11 Territórios de Identidade: Médio Rio das Contas, Baixo Sul, Chapada Diamantina, Piemonte do Paraguaçu, Sisal, Semiárido Nordeste II, Sertão Produtivo, Metropolitano de Salvador, Velho Chico, Recôncavo e Portal do Sertão.

“O tempero, que aprendemos a fazer, nós deixamos de comprar. O milho, que produzo, não compro mais. O feijão também não compro mais. Aí tudo gera economia no salário-base. Crio galinha poedeira, que já está começando a gerar uma renda em moeda, que eu já posso investir no meu orçamento mensal, como também já estou pensando em aumentar minha criação. Já vou começar a investir. Hoje eu já tenho mandioca aqui, já têm algumas árvores produzindo fruto. Meu objetivo é não voltar mais para a cidade grande, é continuar produzindo aqui”.

Também em Santanópolis, a agricultora familiar Juliana Costa hoje aplica os novos conhecimentos na produção de mandioca, hortaliça, temperos de alho e pimenta, banha de porco, entre outros. “Não fossem esses novos ensinamentos, estaria passando necessidade. Hoje a gente tanto abastece nossa propriedade, como vende para os mercados. Então, agradeço a Deus, a Bahiater e à técnica que nos atende, porque não fossem eles para incentivar a gente, não teríamos conseguido nossas coisas. Eu não tinha nem um pé de aipim, achando que a terra não dava. Eu queimava a terra, não colocava proteção… Aprendi a fazer tudo. Já conseguimos empréstimo, carro de mão, bomba para puxar água, balança para pesar nossa mercadoria”.

Vera e Juliana são atendidas pela entidade contratada Comissão Ecumênica dos Direitos da Terra (Cediter).

Bahia mais forte

Em 2023, com o objetivo de retomar o desafio de atuar para a superação das desigualdades de gênero e raça e promover a autonomia econômica, a cidadania e o bem-viver das mulheres rurais, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), por meio da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), lançou o edital ‘Mulheres Rurais, Autonomia, Alimentação e Vidas Saudáveis’. Serão R$ 41 milhões para serviços de Ater para 10,5 mil mulheres de todo o Brasil.

Com isso, a Bahia volta a contar também com a parceria do Governo Federal em políticas públicas de extensão rural para mulheres, beneficiando assentadas da reforma agrária, da agricultura familiar, extrativistas, pescadoras artesanais e aquicultoras, mulheres dos povos e das comunidades indígenas, das comunidades quilombolas e de outros povos e comunidades tradicionais de 60 municípios.

Fonte / Foto: Ascom/SDR

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