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Reunião no Morro Ipiranga discute defesa de área verde da encosta

Além de moradores participaram a promotora Hortênsia Pinho e a vereadora Aladilce

A defesa de duas áreas verdes da encosta do Morro Ipiranga, na Barra, colocada para leilão pela Prefeitura de Salvador, mobilizou moradores de vários condomínios do bairro, do Morro do Gato e da Roça da Sabina, que promoveram reunião na noite de segunda-feira (24) com a promotora Hortênsia Pinho, do Meio Ambiente, e a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada da oposição. Participaram, também, o presidente do Instituto dos Arquitetos, Daniel Colina, representantes da Amabarra, do SOS Buracão e do Coletivo Stella Maris, entre outras entidades.

Indignados com o argumento do prefeito Bruno Reis para justificar a venda, o de que “o terreno não presta para nada e não rende um real de imposto para a prefeitura”, os moradores decidiram ampliar a mobilização contra a venda das áreas verdes, remanescentes da Mata Atlântica, inclusive com ações no carnaval. A promotora anunciou que já possui laudo técnico do MP sobre os terrenos, identificados como Áreas de Proteção Cultural e Paisagística, além da sua importância ambiental. Segundo ela, a prefeitura precisa dar conhecimento público ao processo administrativo da venda de um dos terrenos no leilão.

Audiência pública

Ficou acertado, também, que o MP promoverá uma audiência pública sobre o tema, após o carnaval, e buscará uma composição com a Prefeitura visando a desistência da venda pela importância da área para a cidade. A vereadora Aladilce Souza, líder da oposição, criticou a atitude do prefeito em “medir a importância de uma área verde pelo que ela rende de impostos, ignorando o valor ambiental, paisagístico e cultural”. Ela informou que já protocolou ofício junto à Sefaz, requerendo o processo administrativo da venda do terreno.

“É importante a opinião pública se manifestar contra esse absurdo. Essa encosta do Morro Ipiranga é a última reserva de Mata Atlântica da Barra e o prefeito não pode dizer que não vale nada. É um dos cartões postais da nossa cidade, ninguém em sã consciência vai querer trocar essa área verde por um paredão”, declarou Aladilce. Segundo ela, a campanha contra a venda das áreas verdes desafetadas será conduzida em três frentes: jurídica, política e social.

Passarela vip – Durante a reunião, moradores e representantes de entidades também protestaram contra a permissão dada pela prefeitura ao camarote Glamour, localizado bem em frente à encosta do Morro Ipiranga, para instalação de uma passarela vip de acesso exclusivo aos frequentadores do espaço e artistas contratados. Neste caso também, após ausência de respostas pela Prefeitura às solicitações da vereadora e dos representantes dos moradores do Morro Ipiranga, ambos entraram com ações judiciais requerendo a retirada da “passarela segregacionista”.

Fonte / Foto: Ascom ver Aladilce Souza – PCdoB

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