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Roteirista Susan Kalik é novamente finalista do FRAPA, o maior festival de roteiros da América Latina.

Com o argumento GUERRA DAS BAIANAS, escrita por ela e Rodrigo Luna.

A roteirista e diretora Susan Kalik é mais uma vez finalista do FRAPA, desta vez na categoria de Argumentos, que elegeu GUERRA DAS BAIANAS escrito por ela e Rodrigo Luna como um dos 05 projetos finalistas, dentre os 498 inscritos. Susan, já havia sido finalista do FRAPA em 2019, no Concurso de Roteiros, com o roteiro do longa de ficção LAFOND, escolhido entre 197 projetos inscritos.

GUERRA DAS BAIANAS é um filme de longa-metragem que toma como inspiração um fato real da história Soteropolitana recente: a disputa de duas Baianas de Acarajé por um ponto de venda em um Largo da cidade, ocorrido há 25 anos atrás. “Muito além de documentar o acontecido, o filme conta uma história sobre mãe e filha, sobre como tradição e contemporaneidade dão as mãos, e sobre como um grupo de mulheres se uniu para lutar contra as opressões e buscar melhores condições e oportunidades para toda uma classe de trabalhadoras e guardiãs dos saberes ancestrais do Acarajé”, comenta a roteirista e diretora do projeto, Susan Kalik.

Para o roteirista e também diretor do projeto, Rodrigo Luna, de quem partiu a ideia original para o projeto, “a ideia é criar uma história universal mas que só poderia acontecer aqui em Salvador. O que, a princípio, poderia ficar só na disputa pelo largo acaba se revelando uma jornada de reconexão entre uma filha e uma mãe e de resgate da tradição do ofício de ser baiana. Tudo isso na chave da comédia, que a gente acredita que é a melhor forma de contar essa história.”

No filme, o fato é trabalhado pelos roteiristas como uma adaptação ficcional, buscando uma abordagem afirmativa, humana, intimista e bem-humorada da situação, que é vivenciada no filme pela protagonista Cyrlene, uma jovem que se vê obrigada a assumir os negócios da família, ocupando o lugar da mãe na banca de Acarajé da Cy, quando a matriarca adoece, vítima de um piripaque após uma Baiana rival colocar um ponto de venda no mesmo largo que o delas.

Essa disputa ganha contornos épicos, envolvendo as outras baianas, a opinião pública e, por fim, o Estado. Ciente do risco para a classe, Cyrlene precisa se reconectar com sua ancestralidade, com a tradição de sua família e resolver as diferenças com a rival para que, juntas, possam convocar a classe das baianas para se levantar contra a opressão e garantir a sobrevivência da profissão das baianas de acarajé. “Nosso desejo é contar como a “guerra entre baianas” se tornou uma Guerra das Baianas pela regulamentação da profissão, pelo respeito às tradições e ao ofício e de como o Acarajé, oferenda ao Orixás, quitute mais famoso de Salvador, se tornou Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, em 2005, ainda que lançando mão de uma ficção de alguns fatos, de forma afirmativa”, revela Susan Kalik.

O projeto GUERRA DAS BAIANAS foi selecionado e participou, do Cabíria Lab em julho passado. O lab é uma ação do Cabíria Festival, que articula uma Rede de Talentos Femininos do Audiovisual dedicado a histórias escritas e protagonizadas por mulheres. Guerra das Baianas também já foi apresentado para Players e Produtoras em Rodadas de Negócios. E, ainda como parte do FRAPA, o projeto participará de Pitching presencial onde será apresentado, ao lado dos outros finalistas, em novembro, em Porto Alegre.

https://frapa.art.br/concurso-argumentos

O FRAPA

Em 2023, o FRAPA – Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre – inicia a sua segunda década de vida solidificado como o maior evento do gênero da América Latina. Anualmente, o festival é o principal ponto de encontro e porto seguro de centenas de roteiristas de todas as regiões do Brasil. Ao longo de uma vitoriosa história de 10 anos, mais de duas mil pessoas participaram das edições presenciais. Foram quase três mil roteiros de longa-metragem e piloto de série inscritos no Concurso de Roteiros e mais de 2.800 reuniões realizadas na Rodada de Negócios. A décima primeira edição, programada para 13 a 17 de novembro de 2023, volta a ser realizada na Casa de Cultura Mario Quintana, um dos espaços mais emblemáticos de Porto Alegre. O festival espera reunir cerca de 800 pessoas em suas atividades, com a participação de roteiristas, produtores, agentes de roteiro, representantes de produtoras, canais, distribuidoras, plataformas de streaming e estudantes. A pluralidade de convidados e temáticas é um preceito que seguirá guiando o FRAPA, precursor na abordagem de assuntos que merecem cada vez mais visibilidade, como questões ligadas à igualdade de gênero, representatividade negra, LGBTQIAP+, indígena e regional.

SUSAN KALIK

Susan Kalik é paulista, radicada na Bahia há 25 anos, atuando como roteirista, diretora e produtora. Sócia da Modupé Produtora. Associada da APAN e da ABRA Integrante da rede Cabíria de Talentos. É diretora e roteirista dos longas TIMIDEZ (fic, em finalização) e CORES E FLORES PARA TITA (doc, 2017); e do média DO QUE APRENDI COM MINHAS MAIS VELHAS (doc, 2016), e do curta SOBRE NOSSAS CABEÇAS, que recebeu 22 prêmios. Também assina o roteiro do longas/doc IJÓ DUDU (2023), Menção Honrosa no CinePE 2023. Participou de equipes de roteiro na TV Globo, Prime Amazon, Disney Plus, Paramount, Universal TV. Teve roteiros selecionados no Sesc Novas Histórias, FRAPA, Cabíria Lab, Laboratório de Narrativas Negras da FLUP/Globo, BrasilCinemundi, PANLAB – Panorama Internacional Coisa de Cinema, Edital de Novos Roteiristas do MINC, Residência Base de Roteiros, Lab Negras Narrativas da APAN e foi finalistas do Concurso de Argumentos e do Concurso de Roteiros de Longa do FRAPA e do Laboratório Porto Iracema. Atualmente, finaliza seu 1º longa de ficção, “Timidez”, também é autora/roteirista de um longa/fic na Amazon, roteirista em uma série na Universal TV, e aguarda o lançamento da série sobre Anderson Silva, na Paramount, onde foi roteirista.

Fonte: Mudopé Produtora
Foto: Divulgação

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