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“Salvador passa vergonha ao ir de encontro à agenda global ambiental’, diz Marta sobre venda de áreas verdes e espigões

Para a vereadora do PT, o prefeito de Bruno Reis não tem compromisso com a emergência climática e está para as áreas verdes da cidade assim como Bolsonaro estava para a Amazônia: “Dirigindo um trator, com uma serra elétrica e um saco de cimento dentro”, diz

A vereadora Marta Rodrigues (PT) disse, nesta segunda-feira (18), que a venda das áreas verdes da cidade pela prefeitura pode acabar colocando Salvador como um pária ambiental, uma vez que cotidianamente tem caminhado de encontro às questões da emergência climática e da agenda global de luta pelo meio-ambiente.

“O que a prefeitura está fazendo em Salvador, com a venda de áreas verdes, permitindo construir espigões, cortando áevores e enchendo a cidade de concreto, é tão absurdo que está saindo da discussão local para nacional e quiçá internacional. É vergonhoso que a primeira capital do Brasil esteja sendo deteriorada pela sua gestão enquanto o mundo todo está preservando, replantando, limpando rios”, comentou.

A vereadora Marta Rodrigues destaca que o prefeito de Salvador está para as áreas verdes da cidade assim como Bolsonaro estava para Amazônia. “Enquanto agora o Brasil retoma a respeitabilidade na agenda ambiental sendo escolhido para sediar COP 30 em 2025, a prefeitura vai na contramão. A emergência climática é uma das questões políticas centrais e da democracia atual. É um compromisso com o povo, com presente e o futuro da cidade. Já vivemos uma alteração no clima perceptível e este verão nos mostra isso. Já está chegando no fim, mas o calor não. A cidade de Bruno Reis é para quem anda no ar-condicionado”, diz.

Para Marta, é muito importante que a imprensa, a sociedade civil e artistas se mobilizem contra o trator e a serra elétrica da gestão municipal, independentemente que o clamor popular tenha surgido por causa de um terreno no Corredor da Vitória. “Temos que agregar e ampliar essa mobilização em defesa dos bairros pobres e populares, onde terrenos e áreas verdes também estão sendo vendidos na cidade toda. É um compromisso a qualidade de vida do ar, da água, do ambiente para se viver para toda a população”, disse.

A petista afirma que ao lado arquitetos, urbanistas, artistas e personalidades em geral, a imprensa tem dado uma visibilidade muito importante ao que ocorre em Salvador. “Mesmo assim a prefeitura rejeita a defesa da agenda ambiental, fundamental para a inclusão e combate das desigualdades sociais”.

Terrenos para creches – A edil lembra que no bojo de desafetações tem terrenos que deveriam servir par a construção de escolas e postos de saúde. “Terrenos que deveriam ter uma utilidade pública e estão sendo vendidos para iniciativa privada. Ou realmente o pensamento da prefeitura é arcaico ao ponto de não acompanhar as demandas urgentes do mundo ou realmente é uma verdadeira serra elétrica. Fez escola com o antecessor, cortando mais de 500 arvores na cidade”, diz Marta, se referindo a repetidos casos de destruição no meio-ambiente soteropolitano.

“Tivemos árvores cortadas na época de ACM, desprezo ao Vale Encantado, tamponamento de rios, e agora estamos vendo a mesma coisa. Tem projeto de construção de teleférico em Área de Proteção Permanente (APP) sem apresentar estudo, tentativa de construção de espigões na Praia do Buracão, dentre tantos absurdos”, declarou.

Fonte / Foto: ASCOM Ver Marta Rodrigues – PT

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