Projeto inclui a construção de um galpão de carnes e vísceras, blocos de comércios variados, estacionamento e uma via perimetral na Baía de Todos-os-Santos
A tradicional Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa, em Salvador, vai passar por mais melhorias. Nesta quarta (17), o governador Jerônimo Rodrigues autorizou o início da segunda etapa das obras de requalificação do importante mercado popular. As novas intervenções ficarão a cargo da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), em parceria com a Secretaria de Turismo do Estado (Setur).
O projeto de requalificação inclui a construção de um galpão de carnes e vísceras, 16 blocos de comércios variados, estacionamento e uma via perimetral, com calçadão, na borda da Baía de Todos-os-Santos. A previsão é de que, nesta segunda etapa, os serviços durem 20 meses.
“A Feira de São Joaquim tem uma sintonia direta com a zona rural de grandes partes do município da nossa Bahia. Vamos acompanhar o passo a passo dessa obra. Quero garantir o nosso esforço e agradecer, em especial, a cada feirante, cada um que trabalha aqui, carregador de feira, vendedor de cafezinho, que a gente possa entender que isso é o melhor que temos”, afirma o governador.
Serão entregues 407 boxes, 116 bancas e 53 pallets totalmente renovados. Quase 500 feirantes se beneficiarão, conforme conta o presidente da Conder, José Trindade. “Hoje, o governador Jerônimo escreve mais um capítulo da história vitoriosa de São Joaquim. Aqui é um lugar que tem muita cultura, muita religião e muito comércio”, ressalta ele.
Ao todo, serão mais de nove mil metros quadrados de área requalificada, iniciando da parte já reformada, seguindo em direção ao ferry-boat. O investimento ultrapassa R$ 41,2 milhões. Os mais variados produtos, como ervas, frutas e verduras, além itens religiosos, roupas, artesanatos e objetos de decoração, continuarão a ser vendidos, porém em outra estrutura.
Para que a feira não pare durante as obras, foi construído o Galpão Água de Meninos, que vai receber, temporariamente, os permissionários. A medida foi comemorada por Eliene da Cruz, que trabalha há mais de 40 anos em São Joaquim: “vai melhorar em muita coisa, principalmente com esse tempo de chuva, que traz muita lama. A higiene vai ficar melhor. Com essa reforma, vai ficar tudo novinho, tudo limpinho. E, durante as obras, ficará tudo no controle, para, quando voltar, ser melhor ainda”.
Para a preparação do galpão que irá receber os feirantes provisoriamente, foram investidos R$ 4 milhões. O recurso abrangeu a ampliação da via de acesso ao ferry-boat, acrescentando duas faixas a mais e contribuindo para organizar a fila de carros do terminal.
Aliado ao comércio, a feira carrega, também, o perfil sociocultural. Assim, servirá, cada vez mais, como um espaço de lazer para os soteropolitanos e turistas.
“A Feira de São Joaquim é um ponto de abastecimento comercial da região metropolitana, mas é, ainda, um grande centro cultural e um dos principais pontos de atração turística da cidade do Salvador. O investimento do Estado aqui vai incrementar o fluxo turístico de Salvador. Nós temos aumentado a ocupação hoteleira da capital por conta de ações como essa, feita pelo Governo, somada a nossa prospecção de voos para cá”, sinaliza o secretário do Turismo, Maurício Bacelar.
Primeira etapa
Na primeira etapa do projeto de requalificação da Feira de São Joaquim, também conduzida pela Conder, o espaço recebeu a padronização das instalações físicas, execução do pátio de carga e descarga e passeio com rampas de limpeza. Houve, ainda, dragagem e aterro, recomposição do quebra-mar e instalação de um píer flutuante para receber as embarcações com turistas e mercadorias na Enseada de São Joaquim.
História
Na década de 30, a Feira de São Joaquim se chamava Feira do Sete, por ficar próxima ao sétimo armazém das Docas, do Porto de Salvador. Com a modernização do ancoradouro, o comércio a céu aberto teve de mudar de endereço e passou a se chamar Feira de Água de Meninos. Em 1964, o local sofreu um incêndio que a destruiu completamente e, somente após a reconstrução – também na década de 60 –, recebeu o nome atual. Hoje, ela funciona todos os dias, das 5h às 17h.
Fonte: SECOM GOVBA
Foto: Feijão Almeida