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Segurança alimentar e acesso à educação são debatidos durante acampamento das mulheres, em Salvador

Até este domingo, 30 de março, acontece na Escola Parque, em Salvador, o 14º Acampamento Estadual de Mulheres do Campo e da Cidade. Com o tema “Mulheres em luta, em defesa dos nossos corpos e territórios, contra o agronegócio e pelo bem viver”, o encontro reúne cerca de 500 mulheres agricultoras familiares, de assentamentos e acampamentos do Movimento Sem Terra (MST), de territórios de povos e comunidades tradicionais, educadoras de escolas do campo e de assentamento, pesquisadoras de Instituições de Ensino Superior (IES) e representantes de entidades sociais e do poder público.

Presente na plenária realizada neste sábado (29), a secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, ressaltou o compromisso do Governo do Estado com a Educação Integral. “Estou feliz porque eu estou em casa. Essa é uma escola que tem as marcas da educação integral e que é a marca do governador Jerônimo e esta é uma agenda central para que a gente possa debater pautas que são da vida, sobre educação, saúde, economia e agricultura. É uma agenda para a gente sair muito fortalecida daqui e reafirmar o compromisso do Governo do Estado com a educação para que ela seja transformadora na vida das mulheres. É pela vida das mulheres que a gente se encontra aqui”.

Organizado pelo Instituto Baiano Osmar Azevedo (IBOA), com apoio da Secretaria da Educação do Estado (SEC), o 14º Acampamento Estadual de Mulheres do Campo e da Cidade promove um conjunto de atividades formativas relacionadas à componentes curriculares dos itinerários formativos da Educação do Campo e, também, de geração de renda, com a exposição de produtos alimentícios e artesanatos produzidos pelas mulheres.

Com 130 escolas do campo, sendo 19 espaços escolares de assentamento, a rede estadual de ensino atende, atualmente, cerca 80 mil estudantes. Deste total, 1.114 estudam em escolas localizadas em assentamentos. Para Jazian Mota, coordenadora de Gênero das Mulheres do Movimento Sem Terra da Bahia (MST), é fundamental que pauta da educação esteja no centro dos debates para a ascenção das mulheres. “Nesse acampamento, a gente não tem só as mulheres camponesas, mas também representações de movimentos de mulheres negras, da periferia urbana e de várias organizações. Quando o assunto é Educação, essa é uma pauta que também nos unifica na nossa diversidade e é o que faz com que a gente organize esse espaço, porque a gente sabe que é primordial a educação para que nossos filhos tenham oportunidades, mas que, sobretudo, nós mulheres, que não tivemos acesso na idade adequada, ou as nossas meninas que ainda estão estudando, tenham acesso à educação de qualidade, porque a gente sabe o quanto a educação é transformadora”, explica.

Eliane Oliveira, da direção nacional do MST, destaca que a oferta de alimentação saudável nas escolas também é um ponto importante a ser debatido no Acampamento. “Não sobrevivemos sem alimento. E que tipo de alimento é esse que tem chegado nas escolas do nosso estado da Bahia? O nosso governador tem falado muito sobre a segurança alimentar e nós, dos movimentos sociais, temos visto o que ele tem feito para poder combater a fome no estado da Bahia. Então, é muito importante que o debate da alimentação saudável possa vir para o currículo das nossas escolas”, reforçou.

Também estiveram presentes no 14º Acampamento Estadual de Mulheres do Campo e da Cidade, a primeira-dama do Estado e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, Tatiana Veloso, as secretárias estaduais Política para as Mulheres, Neusa Cadore, de Saúde, Roberta Santana, e de Promoção da Igualdade, Fabya Reis

Programação – Este segundo dia do acampamento contou com uma mesa de discussão sobre as seguintes temáticas: “A importância e os desafios da participação das mulheres nos movimentos sociais e nas comunidades vulnerabilizadas”; “variações Climáticas – Os impactos do agro-hidro-minério-negócio”; “Marcha Nacional das Mulheres Negras”; e “Relações emancipadas e territórios livres de violências”.

No domingo, último dia do encontro, serão realizadas as oficinas “Batucada feminista”, “Mediação popular de conflitos”, “Redução de riscos e danos” e “Para não dizer que não falei das flores”. Além disso, será ministrada uma palestra sobre “Agroecologia, cooperativismo, ações do Governo do Estado como ferramentas de fortalecimento da autonomia financeira das mulheres”.

Fonte: Secom GovBa
Foto: Emerson Santos

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