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Seminário afirma papel da agroecologia no combate à fome

Nesta sexta-feira (15), teve início o 2° Seminário Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica na Bahia. A mesa de abertura contou com a presença do coordenador do Programa Bahia Sem Fome (BSF), Tiago Pereira, além de representantes do governo federal e das secretarias estaduais.

Pereira ressaltou que o movimento agroecológico tem uma função muito importante na construção da sociedade brasileira e cumpriu um papel extraordinário em dois momentos da nossa história recente: no combate à pandemia e na derrota do projeto político que governou o país entre 2019 e 2022.

Ele convocou a sociedade civil presente a participar do processo de governança. “Não nos deixem governar sozinhos. Tenham no Programa Bahia Sem Fome a casa do povo”, disse.

O coordenador ainda reforçou a necessidade do campo e da cidade darem as mãos na luta contra a fome. “Eu vi aqui representações das cidades e é muito importante que haja uma aliança do campo com a cidade para que a gente possa superar a fome”.

Com o tema Diálogos do Brasil Agroecológico, o 2° Seminário Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica na Bahia acontece até amanhã (16), no auditório do hotel Bahiamar. O encontro reúne autoridades, representantes dos movimentos sociais e territórios, além de especialistas do segmento agroecológico.

A primeira edição aconteceu em 2015. De lá pra cá, às custas de muita luta e mobilização da sociedade civil organizada, a Bahia conseguiu avançar na política agroecológica e, este ano, foi aprovada na Assembleia Legislativa a Lei de Agroecologia e Produção Orgânica.

O seminário integra a programação da 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, evento que acontece até domingo (17), no Parque Costa Azul, e celebra a diversidade da produção agrofamiliar da Bahia. São 27 armazéns territoriais, espaços de comercialização com mais de três mil produtos de diversas regiões da Bahia, entre eles cafés especiais, chocolates finos, cervejas artesanais de de umbu, licuri, caju, cacau, iogurtes, mel e diversos outros alimentos, além de uma vasta programação de shows.

O evento é realizado pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-Bahia), com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).

Diretamente de Juazeiro, um dos representantes da Pro-Semiárido, Sérgio Amin, destacou a organização do evento como um todo. Segundo ele, esta edição da Feira já é um marco.

“Sem desmerecer as outras, mas é essa é a maior Feira do tipo que já tivemos. A organização foi muito feliz ao trazer o debate de temas tão relevantes. A exposição está em um local de fácil acesso e você encontra tudo, de comida a artesanato, ligado à agroecologia baiana”, afirmou.

Ele ressaltou também a presença em massa do Pró-Semiárido no seminário. “A agroecologia é a nossa marca, é o que a gente acredita e faz. Então, não poderíamos deixar de estar presentes”, disse.

Ainda nesta manhã, o primeiro painel do seminário contou com os palestrantes Paulo Petersen (Articulação Nacional de Agroecologia) e Carlos Henrique Ramos (Pró-Semiárido) e teve como tema “Da Construção da Agroecologia nos Territórios às Políticas Públicas”.

Petersen destacou que o combate à fome é feito com a produção de alimentos ao invés de commodities. Segundo ele, as políticas agroecológicas devem ser pensadas considerando fenômenos como a fome como socioecológicos e integrando os objetivos do desenvolvimento sustentável.

Em sua contribuição, Carlos Henrique Ramos traçou um breve histórico da construção do Pró-Semiárido. Ele contou que a opção pelo trabalho com a agroecologia foi resultado de um estudo que comprovou que essa era a forma mais justa de produzir.

“Essa opção vem porque conseguimos entender que precisávamos de fato ter uma agricultura que não fosse agroquímica, e sim sustentável, inclusiva e que produzisse alimentos saudáveis”, concluiu.

Fonte: SECOM GOVBA
Foto: Fernanda Souza

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