“Mídia, Colonialismo e Imperialismo Cultural”, de autoria de Richard Santos foi lançado no Centro de Cultura.
O vereador Sílvio Humberto (PSB), presidente da Comissão de Cultura da Câmara e diretor do Selo Castro Alves no Legislativo, promoveu, na última terça-feira (12), o lançamento do livro “Mídia, Colonialismo e Imperialismo Cultural”, de autoria de Richard Santos, jornalista, escritor, rapper e doutor em Ciências Sociais.
A obra trata a forma que a televisão brasileira, sua conduta, estética e branquitude contribuíram na formação do imaginário nacional, em grande parte por copiar e reproduzir o modelo de TV praticado nos Estados Unidos e analisa como a hipótese da criação de um discurso emancipatório e contra-hegemônico, em relação às políticas de mercado e da indústria cultural, poderiam alterar a situação da TV pública nacional, que tem papel de ajudar na formação cultural do público que a assiste.
“Trata-se de uma publicação atual e necessária para a população brasileira, visto que cumpre o papel de alertar sobre o papel da mídia, sua utilização para a manutenção do poder ao longo dos anos e a sua relação direta com projetos políticos. Na Bahia, por exemplo, temos emissoras e demais veículos de comunicação que dão sustentação e estão a serviços de determinados grupos, o que não pode passar batido pela sociedade”, pontuou o vereador.
Durante o lançamento, no foyer do Centro de Cultura, o autor autografou a obra e recebeu os cumprimentos dos leitores e amigos. O evento contou com a participação em mesa da secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães.
“A intenção é provocar a reflexão sobre a televisão que temos no Brasil. Uma televisão colonizada, que não se desenvolveu a partir da chegada da comunicação televisiva ou a partir de uma identidade nacional, mas copiando a TV estadunidense, que praticava a política de boa vizinhança. A provocação é dizer que o que reproduzimos gera o imperialismo cultural, em que nos negamos e valorizamos o outro, o que é de fora”, explicou o autor. A publicação está disponível no site Editora Telha – Selo Pensamento Negro Contemporâneo – https://editoratelha.com.br/colecoes/pensamento-negro-contemporaneo/.
Fonte: ASCOM CMS
Foto: Arquivo Caderno Baiano