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Tinoco critica silêncio diante do desmatamento causado pelas obras do VLT: “Dois pesos, duas medidas?”

O vereador Claudio Tinoco (União Brasil) criticou nesta segunda-feira (31) o que chamou de “dois pesos e duas medidas” no tratamento dado ao impacto ambiental das obras de mobilidade em Salvador. A declaração vem após a divulgação de imagens mostrando a supressão de vegetação e a canalização de rios na região do Subúrbio, por conta das intervenções para a implantação do VLT e a duplicação da Estrada do Derba – ambas obras sob responsabilidade do governo do Estado.

“Quando a Prefeitura de Salvador implementou o BRT, mesmo com todos os licenciamentos em dia e com todo o projeto de rearborização, enfrentou uma verdadeira cruzada. Fomos cobrados, acusados e até judicializados. Agora, com o VLT, que está derrubando árvores e mexendo com rios, reina o silêncio. Cadê os mesmos críticos? Dessa vez pode fazer porque o governo é de esquerda?”, questionou Tinoco.

Tinoco também reforçou a necessidade de contrapartidas ambientais nas grandes intervenções urbanas. “É fundamental garantir que o progresso venha com a devida contrapartida ao nosso patrimônio natural”, disse.

O vereador ainda questionou a exclusividade do INEMA no processo de licenciamento ambiental da obra. “É preciso esclarecer se cabe apenas ao órgão estadual essa competência. Onde está o órgão municipal de meio ambiente? A cidade precisa se posicionar, inclusive quanto às compensações ambientais pelo desmatamento e pelas eventuais intervenções em rios e nascentes”, cobrou.

Tinoco lembrou, ainda, que parte da Estrada do Derba é uma via de domínio federal. “Se é uma via federal, por que o IBAMA não se manifestou? Por que não há participação desse órgão no processo de licenciamento? São perguntas que precisam ser respondidas com urgência”, afirmou.

Por fim, o vereador cobrou transparência do governo estadual na condução do projeto. “É preciso apresentar de forma clara os impactos ambientais, as medidas de mitigação e ouvir a população local. Não dá pra fazer diferente só porque mudou quem está no comando da obra”, concluiu.

Fonte / Foto: Ascom ver Claudio Tinoco – UB

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