Touros e ursos resolveram descansar e o preço do Bitcoin quase não se moveu nas últimas 24h. O movimento lateral, dentro de uma faixa estreita como a atual, sinaliza um rompimento que pode levar o BTC tanto para US$ 90 mil como para US$ 100 mil.
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta quarta-feira (30) em R$ 536.825,11. Touros e ursos resolveram descansar e o preço do Bitcoin quase não se moveu nas últimas 24h. O movimento lateral, dentro de uma faixa estreita como a atual, sinaliza um rompimento que pode levar o BTC tanto para US$ 90 mil como para US$ 100 mil.
Bitcoin: análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os futuros americanos iniciaram a madrugada em leve queda, após diversas empresas ajustarem suas previsões anuais diante das incertezas geradas pelas tarifas impostas por Donald Trump. Apesar desse cenário, Wall Street segue em recuperação a partir dos níveis mais baixos registrados nas últimas 52 semanas.
Segundo ele, o foco do mercado agora se volta para a divulgação do PIB do primeiro trimestre dos EUA, prevista para o dia 30, às 9h30 da manhã. A expectativa é de uma leve contração. Além disso, os próximos dias trarão resultados de grandes empresas de tecnologia, como Apple e Amazon, além de dados de inflação monitorados pelo Fed — todos fatores com potencial de impacto direto no mercado.
“Para o Bitcoin, o impacto de curto prazo tende a ser neutro, desde que os dados do PIB venham dentro do esperado e não haja grandes surpresas nos balanços das empresas. Embora o mercado de ações esteja enfrentando volatilidade e incertezas, o Bitcoin continua sendo visto por alguns investidores como uma reserva alternativa de valor. No entanto, a ausência de novidades diretamente ligadas ao mercado cripto sugere que seu preço deve permanecer relativamente estável, salvo mudanças inesperadas no cenário macroeconômico.”, disse.
Análise técnica Bitcoin
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que o preço realizado do Bitcoin STH YoY está atualmente em 58%. No ciclo macro anterior, os níveis de 165% e 144% coincidiram com picos de preço de US$ 70 mil e US$ 100 mil, respectivamente, após os quais ocorreram realizações ativas de lucro.
“Para que o YoY suba de 58% para 140% (+82 pontos percentuais), o Bitcoin precisaria atingir aproximadamente US$ 171 mil ao preço atual de US$ 94 mil”, afirmou.
O mercado de ativos digitais adotou uma postura mais cautelosa nesta terça-feira (30), com investidores aguardando a divulgação do índice Core PCE, o indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve. A expectativa é de um aumento de apenas 0,1% no mês, o que limita o potencial de surpresa positiva. No entanto, um dado acima do esperado pode abalar as projeções de cortes de juros em julho e provocar nova pressão de venda sobre ativos de risco, como o Bitcoin.
“A leitura do Core PCE tem o poder de alterar completamente a dinâmica atual. Se vier acima do consenso, pode levar o mercado a reprecificar o cenário de juros, pressionando os ativos mais sensíveis ao risco”, avaliou Valentin Fournier, analista-chefe da BRN.
Segundo ele, o fluxo para ETFs – principal motor da recente valorização – começou a mostrar sinais de desaceleração. Os aportes em Bitcoin caíram para US$ 173 milhões diários, enquanto os ETFs de Ethereum captaram apenas US$ 18 milhões.
“Com a baixa participação do varejo, essa redução no apetite institucional pode abrir espaço para uma correção de curto prazo, especialmente se os dados macroeconômicos não colaborarem”, explicou.
Apesar da fraqueza momentânea, os preços permanecem relativamente estáveis. O Bitcoin continua na faixa dos US$ 95 mil, o Ethereum ronda os US$ 1.800 e a Solana se mantém em US$ 150. Para Fournier, isso caracteriza um mercado em fase de acumulação em níveis mais altos, embora com sinais claros de perda de fôlego.
“Nós continuamos projetando uma correção saudável antes de uma nova perna de alta. O risco de uma movimentação negativa aumenta se os próximos dados decepcionarem ou se os fluxos para ETFs continuarem em queda”, disse o analista.
Enquanto aguarda novos catalisadores, a BRN opta por manter uma alocação defensiva, focada em flexibilidade e resiliência:
“Estamos com 60% em caixa, preparados para reentrar após uma eventual queda. Mantemos 30% em Bitcoin, que segue com a maior demanda institucional. Solana representa 5% da carteira, por sua forte atividade de rede, mas com alta volatilidade. E 5% em Ethereum, que ainda não demonstrou força pós-rali.”
Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, também está apreensivo com o curto prazo. Olhando para dados da Glassnode ele aponta que o delta do volume à vista do $BTC (MMS de 7 dias) tornou-se fortemente negativo nos últimos 3 dias:
27 de abril: -US$ 30,9 milhões
28 de abril: -US$ 76,1 milhões
9 de abril: -US$ 193,4 milhões
Vendedores agressivos estão dominando e a demanda à vista está enfraquecendo – possíveis sinais de realização de lucros, exaustão dos compradores ou uma reversão.
Portanto, o preço do Bitcoin em 30 de abril de 2025 é de R$ 536.825,11. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0018 BTC e R$ 1 compram 0,0000018 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 30 de abril de 2025, são: Floki (FLOKI), Flare (FLR) e Mantle (MNT), com altas de 31%, 10% e 6% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 30 de abril de 2025, são: Official Trump (TRUMP), Ondo (ONDO) e Bittensor (TAO) com quedas de -6%, -5 e -4% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
Image by wirestock on Freepik
