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Trabalhadores Sem Terra seguem no terceiro dia de marcha

Cerca de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras seguem caminhando de Feira de Santana a Salvador, um percurso de mais de 110km

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), iniciou na manhã da última terça-feira (09), a Marcha Estadual pela Reforma Agrária, em mais um ato que marca a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que esse ano tem como lema “Ocupar, para o Brasil alimentar!”.

A Marcha Estadual pela Reforma Agrária visa reivindicar os direitos negados para muitos trabalhadores no país que vivem em uma realidade totalmente distinta da classe burguesa. Por um povo que luta diariamente pela sua emancipação enquanto sujeito da classe trabalhadora, para garantir um futuro melhor para a nação e para os seus filhos.

Para o assentado Cássio Santana, do Prado/BA, que está marchando, diz sobre a importância da marcha: “A marcha além de servir para reivindicar as nossas pautas e lutar pelas nossas conquistas, é uma forma de organização e formação do nosso povo, é um processo de fé e de esperança de que a Reforma Agrária irá acontecer e que os assentamentos vão se desenvolver, que as famílias vão receber os créditos necessários para produzir. A marcha é um dos simbolismos mais bonitos que o MST tem, onde os companheiros e companheiras de todas as áreas, regiões e brigadas se unem em uma mesma pauta que é a Reforma Agrária Popular”.

A Reforma Agrária Popular tem por objetivo lutar pela democratização das terras construindo um novo modelo de produção que priorize a vida e a natureza por meio de alimentos saudáveis.

A companheira Leinha, assentada da Reforma Agrária, em Mucuri/BA, que participa da marcha, afirma: “A marcha é muito importante para podermos adquirir os nossos direitos porque se cruzarmos os braços e permanecer dentro de casa esperando as coisas aconteceram nada vai avançar, então é com essa marcha que a gente mostra as necessidades que o nosso povo tem, dos projetos e aprendizados, que é uma necessidade de um todo porque conquistamos a terra, porém, não conseguimos avançar na produção de plantações por falta de recurso e essa pauta precisa ser ouvida pelo governo”.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra luta e continuará lutando por um país justo, igualitário, onde todos tenham a oportunidade de ter uma vida digna, plantar e colher garantindo a sobrevivência de muitos.

A marcha tem previsão de chegar à capital baiana no dia 16/04 e conta com a participação de pessoas acampadas e assentadas de toda a Bahia. Durante o percurso, os trabalhadores e trabalhadoras realizam diálogo com as populações das cidades sobre a necessidade e importância da reforma agrária do país.

Fonte: Coletivo de comunicação do MST-BA
Foto: Greiciane Souza / Coletivo de comunicação do MST-BA

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