Com a limpeza iniciada no mês de março, a Prefeitura vem retirando as taboas e plantas aquáticas que se acumulam no local.
Na tarde da última terça-feira (23), uma equipe da Prefeitura de Vitória da Conquista recepcionou professores e estudantes da Ufba e da Uesb, na Lagoa das Bateias, que foram colher uma amostra da água para realizar um teste de qualidade. O estudo vem sendo realizado há 10 anos, e agora o grupo irá monitorar o impacto da retirada das taboas e da volta do espelho d’água.
O professor da Ufba, Márcio Borba, deu mais detalhes sobre a análise. “Avaliamos os zooplânctons, que são os organismos, animais e protistas, que vivem na coluna d’água. Esses organismos são importantes não só para o funcionamento da lagoa como um todo, como também eles indicam a qualidade dessa água”, explicou. “Desde 2010, a gente já percebia mudanças na qualidade da água, como o despejo de esgoto, o próprio assoreamento, o despejo de sedimentos, isso tudo já interferindo nesses organismos.”
Com a limpeza iniciada no mês de março, a Prefeitura vem retirando as taboas e plantas aquáticas que se acumulam no local. Já foram 70 mil metros quadrados de área revitalizada, totalizando mais de duas mil toneladas de materiais recolhidos. Além de matéria orgânica, isso também inclui grande quantidade de lixo descartado de forma irregular. Agora, os impactos desse novo cenário serão avaliados pelos profissionais.
O coordenador do Deserg, Lucas Batista, falou sobre o apoio dado aos professores para o estudo. “Colocamos à disposição deles tudo o que envolver o município, e deixamos à disposição deles também a nossa estrutura, para que eles possam dar esse feedback, inclusive para o município. O momento agora é de unir forças, trazendo justamente instituições que tenham seriedade, como a Uesb e a Ufba, e acredito que com isso vamos ter um norte para saber onde estamos pisando”, afirmou.
De acordo com Lucas, uma amostragem da água também será enviada à Embasa, para avaliação da presença de bactérias. Ele reforçou o apelo para que a população não mergulhe e não beba a água do local. Além de representar riscos à saúde, por ser imprópria para banho e para consumo, também há perigo de afogamentos.
Também estiveram presentes na ação, as professoras da Uesb, Mariane Amorim e Luciana Galvão, e os estudantes Caíque Aguiar e Breno Lorran.
Fonte / Fotos: SECOM PMVC