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Holanda consegue zerar o número de cachorros de rua do país; assista ao vídeo

Batalha para isso acontecer começou há mais de um século

Os cães abandonados que vivem em situação de rua representam um grande problema no mundo inteiro. Afinal de contas, a falta de cuidado com os animais impacta na vida dos pets e em questões relacionadas com a saúde pública. A preocupação em tirar os cães da rua está cada vez mais presente e intensa.

Recentemente, o país da Holanda anunciou que conseguiu atingir a marca de zero cães abandonados nas ruas, tornando-se o primeiro país do mundo a arranjar um lar para todos os cães de rua. São quase dois milhões em todo o país. É raríssimo encontrar um cachorro sem dono vagando pelas ruas.

Vale ressaltar que esse resultado foi obtido sem a adoção de nenhum programa relacionado a sacrifício e apreensão de animais.

Atualmente, a Holanda também é conhecida por ser um dos países mais pet-friendly ou amigáveis para pets do mundo. Bares e restaurantes que aceitam animais são comuns. Existem muitos parques para cães ao redor.

A batalha para isso acontecer começou há mais de um século, quando o governo holandês e instituições de proteção se uniram para implementar a primeira lei de direitos dos animais. Antes disso, cães eram obrigados a ficar nas coleiras e usar focinheiras. Esquadrões da morte matavam cachorros de rua. 

O programa de governo para este assunto foi baseado em quatro pilares bem definidos: leis duríssimas para quem abandonasse os cães, com multas que atingem a casa dos milhares de euros, campanhas de castração e conscientização, além de altas taxas de imposto para quem comprasse cachorros de raça.

Para que tudo isso funcionasse, o governo holandês criou a união de diversos segmentos da sociedade ao redor da causa, como legisladores, funcionários da saúde pública e também advogados da causa animal.

O 1º passo para o início do plano foi a campanha de castração, que conseguiu esterilizar mais de 75% dos cães em apenas alguns meses. O procedimento foi concentrado basicamente nos cães que já estavam abandonados. Todos os cães castrados receberam as vacinas para raiva e outras doenças que podiam contaminar filhotes e outros animais de rua.

Depois, foram criadas leis, como a norma de bem-estar animal. Nela ficou bem claro que os animais de estimação deveriam ter uma série de direitos, como os seres humanos. Com isso, o país definiu que os animais, inclusive os de rua, também tinham direito a uma vida com melhor qualidade.

A lei de proteção aos pets foi passando por alterações cada vez mais rígidas. Hoje, quem maltratar ou negligenciar os animais pode pegar até cinco anos de prisão e pagar uma multa de 90 mil euros – em reais, esse valor ultrapassa R$500 mil.

A ligação entre cães e humanos é registrada também em um microchip, obrigatório para animais de estimação no país. Ele fica instalado atrás da cabeça dos cães – então, caso algum cão se perca, a polícia pode ler as informações do chip como o telefone para contato e nome do dono. A polícia canina chega rapidamente pra checar de quem é o cão perdido na rua. Se estiver sem registro, ele é resgatado, castrado e levado pra um abrigo, até ganhar um novo lar.

Com poucos animais nos abrigos, a Holanda hoje importa cães para adoção. Agora, o país tenta repetir com os gatos as mesmas políticas que deram certo com os cães.

Que esse resultado sirva de referência para o mundo inteiro!

Os números do Instituto Pet Brasil mostram que a população pet é de cerca de 140 milhões de animais. A maioria é de cachorros (54,2 milhões) e felinos (23,9 milhões), num total de 78,1 milhões de animais. Desses, 5% são animais em condição de vulnerabilidade, o que representa 3,9 milhões de pets. Do total da população neste nível, os cães representam 69% (2,69 milhões), enquanto os gatos correspondem a 31% (1,21 milhões).

Com informações de fofuxo.com | Foto: Canva

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