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“Governo passado não deixou verbas nem para projetos”, revela Ministério dos Transportes a Solla

A esperada obra de duplicação da BR-101, de Feira de Santana até a divisa com o Espírito Santo, ainda não tem previsão para ser iniciada, informou o Ministério dos Transportes na audiência pública convocada pelo deputado federal Jorge Solla (PT-BA), na última terça-feira (5).

Segundo o diretor de obras públicas do ministério, Allan Machado, a gestão Bolsonaro não teria destinado recursos no orçamento da pasta nem para a elaboração de projetos viários, que costumam levar quatro anos para serem concluídos, desde o edital até a execução.

Na Bahia, a obra iniciada em 2014, ainda na gestão Dilma Rousseff, atravessou as administrações de Michel Temer e Jair Bolsonaro sem que tivesse andamento e, hoje, encontra-se totalmente parada no trecho norte da BR-101, a partir de Feira de Santana.

“Por causa da incompetência da gestão passada, o país perdeu não apenas quatro, mas oito anos, em termos de investimentos em infraestrutura. O reflexo disso é que o governo Lula terá de rever contratos para retomar obras inacabadas”, afirma o parlamentar.

“Nós vivemos um apagão orçamentário nos últimos quatro anos que levou o Ministério dos Transportes a não conseguir elaborar projetos pela falta de investimentos, inclusive para as obras. Hoje, não tenho nem projeto para botar na praça e licitar obra”, revelou Machado.

Já no sentido norte da Bahia, a obra foi dividida em quatro lotes, mas a intervenção está incompleta porque as empresas responsáveis pelo empreendimento não puderam concluir a intervenção por falta de investimento público, o que provocou rescisões de contratos.

“Infelizmente, nos últimos quatro anos, a falta de recursos, de gestão, levou as empresas a terem dificuldades de liquidez para continuarem a obra”, informou o assessor técnico do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Carlos Barros.

Somados os lotes 1 e 2, faltam 12 quilômetros para concluir a duplicação da BR-101 em direção ao norte da Bahia. No lote 3, trecho urbano de Alagoinhas, a obra não avançou também por falta de recursos. Já no lote 4, apenas 15km dos 40km previstos foram liberados.

“O lote 3 é o mais próximo de ter o edital remanescente, até o fim de outubro. Os lotes 1 e 2 têm previsão de concluir o edital até o fim do ano, mas a alocação do recurso para 2024. No lote 4, ainda estamos em tratativa de rescisão contratual”, explicou Barros.

Participaram da audiência o vice-presidente da União dos Municípios da Bahia, Júlio Pinheiro, também prefeito de Amargosa, além dos prefeitos de Alagoinhas, Joaquim Neto, e de Itabuna, Augusto Castro, que cobraram celeridade para a conclusão das obras.

“Temos pressa porque a BR-101 é um grande vetor de desenvolvimento, que corta a Bahia de forma longitudinal, passando por diversas cidades que influenciam a economia baiana. Além disso, a duplicação ajudaria a prevenir acidentes fatais que têm ocorrido”, concluiu Pinheiro.

Fonte: ASCOM Jorge Solla
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

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