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Ainda sem presidente, governo define “mascote” para a COP30

O presidente Lula adiou mais uma vez a definição sobre o comando da COP30 de Belém programada para novembro; impasse sobre possível nome divide governo.

Janeiro adentra em sua 2ª quinzena e o governo brasileiro ainda não definiu o nome que presidirá a próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), programada para acontecer em novembro na cidade de Belém (PA). Havia a expectativa de que essa definição ocorreria nesta 4ª feira (15/1), mas o presidente Lula adiou a reunião que discutiria o assunto.

De acordo com o Poder360, a reunião contaria com os chefes da Casa Civil, dos Ministérios das Relações Exteriores (Itamaraty) e Meio Ambiente (MMA) e da Secretaria de Comunicação da Presidência, além do ex-chanceler e assessor especial de Lula, Celso Amorim. Segundo o Palácio do Planalto, o adiamento se deveu a “questões de agenda” do presidente e não há uma nova data para a reunião acontecer.

O impasse em torno do nome escolhido para a presidência da COP é um dos fatores que está atrasando essa nomeação. Os candidatos mais cotados para a vaga são o embaixador André Corrêa do Lago, secretário de clima, energia e meio ambiente do Itamaraty; Ana Toni, secretária de mudança do clima do MMA; e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Como o Poder360 destacou, o Brasil está atrasado em relação ao anfitrião da última COP29, o Azerbaijão, que no mesmo período de 2024 já havia definido o nome de Mukhtar Babayev para o posto. Não há uma regra geral nem prazo formal para a indicação do comando das COPs climáticas; no entanto, uma nomeação tardia pode atrapalhar a estratégia diplomática do Brasil para a COP30.

Enquanto isso, o governo confirmou ontem a escolha do Curupira como mascote da COP30 de Belém. O ser mítico do folclore brasileiro, protetor das florestas, será utilizado pela SECOM em materiais de divulgação da conferência no exterior. O desenho oficial ainda será divulgado. g1Pará Terra Boa e TV Cultura, entre outros, deram mais detalhes.

Em tempo: O Valor destacou o problema da falta de leitos e dos preços abusivos de hospedagem para a COP30 em Belém. Os governos paraense e federal tentam impedir a especulação em torno dos valores de diárias, com a possibilidade de “fatiar” o evento, antecipando a cúpula de chefes de estado para a semana que antecede a abertura formal da COP. No entanto, a expansão lenta da rede hoteleira e a falta de controle sobre os preços arrisca transformar a “COP do Povo”, como o governo descreve a Conferência de Belém, em (mais) uma “COP da Elite”.

Fonte: ClimaInfo
Imagem: Celso Costa/Rede Amazônica

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