A visita cordial foi uma sugestão encaminhada pelo presidente Alex da Piatã
A Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa aprovou, em data ainda a ser definida, uma visita dos integrantes do colegiado à nova gestora da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana. A sessão da última terça-feira (07), realizada na Sala Deputado Eliel Martins, foi a primeira da 20ª Legislatura e contou com a participação de nove deputados. Na abertura dos trabalhos, o presidente da comissão, deputado Alex da Piatã (PSD), deu as boas-vindas aos profissionais da imprensa, assessores dos gabinetes e parlamentares, fazendo questão de anunciar os nomes dos titulares e suplentes presentes: José de Arimateia (Republicanos), Vitor Bonfim (PV), Hassan (PP), Eduardo Alencar (PSD), Ludmilla Fiscina (PV), Luciano Araújo (SD), Junior Muniz (PT) e Fabíola Mansur (PSB).
A visita cordial foi uma sugestão encaminhada pelo presidente Alex da Piatã, que pretende, junto com os demais parlamentares, ouvir a dirigente da Sesab sobre o planejamento da pasta, neste governo iniciado há pouco mais de dois meses. No primeiro momento, diz o parlamentar, a intenção é ouvir as intenções e os objetivos da secretária, mas cada deputado vai poder expor todos os seus anseios, todas as suas sugestões, tudo aquilo que pensa de propostas para melhorar esta área tão importante para as pessoas. “Eu tenho certeza que neste colegiado nós vamos tentar dinamizar ao máximo, para que a gente possa fazer com que ele dê sua contribuição no trabalho de propor, indicar e fiscalizar a saúde da Bahia”, garantiu.
O deputado José de Arimateia, vice-presidente do colegiado, gostaria que a secretária Roberta Santana fosse convidada para explicar, na Casa das Leis, quais as soluções para os problemas da Central Estadual de Regulação (CER), um sistema que gerencia as vagas hospitalares, e que, de acordo com o parlamentar, não vem cumprindo o seu papel. “Essa pauta da regulação é inadiável, pois a situação é grave. Meu celular está cheio de pedidos de pacientes precisando de regulação”, revelou o legislador, que ainda este mês quer debater também sobre campanhas como o Março Lilás (câncer do colo do útero), o Março Azul Marinho (câncer do intestino) e o Março Amarelo (endometriose).
“Regulação é o tema mais importante para esta comissão abordar. Em trinta e poucos dias de mandato, eu não tenho atendido uma ligação que não seja de saúde, pedido de gente que está passando mal na regulação e isso é uma questão que mexe muito com a gente, que não pode resolver”. Assim se pronunciou o deputado Luciano Araújo (SD), lembrando ainda que, durante a campanha eleitoral de 2022, o governador Jerônimo Rodrigues manifestou preocupação quanto ao assunto “dizendo que tinha projetos e planos para mudar o sistema de regulação no Estado”. Ludmilla Fiscina (PV) entende que é importante saber quais as estratégias da Sesab, principalmente depois da pandemia da Covid-19. Para ela, torna-se necessário debater com a secretária Roberta Santana a questão da Saúde Mental, “porque escuta todos os dias pedidos de pessoas deprimidas, além de solicitações quanto às cirurgias eletivas reprimidas por conta da crise sanitária e de saúde pública”.
O deputado Hassan (PP) também aplaudiu a iniciativa do encontro com a gestora da Sesab, declarando ser importante que os parlamentares “possam estar discutindo, dialogando com a secretária, a fim de que a gente tenha conhecimento sobre os projetos e planos que vem adotando para que essa regulação melhore na Bahia”. A médica oftalmologista Fabíola Mansur (PSB) defendeu o sistema na Central de Regulação e explicou que depois do período pós-pandemia teve um volume muito grande de pessoas voltando aos médicos, sendo diagnosticadas, precisando de procedimentos cirúrgicos, com mais internação nas emergências.
“Não tem solução mágica, A Central de Regulação é um tema sensível e importante para a vida humana, Precisamos melhorar o número de leitos, ampliar o número de hospitais, dialogar com os municípios, através da União das Prefeituras da Bahia, para que a gente diminua a fila. Mas a fila em saúde vai existir sempre porque os recursos são finitos e as demandas são infinitas”, argumenta a socialista, que se intitula “deputada da saúde”, tendo total interesse em discutir e cobrar do governo, quando for o caso, no sentido de melhorar todo o processo de regulação nos hospitais.
Fonte: ASCOM ALBA
Foto: Juliana Andrade/Agência ALBA