Com recursos do FNDCT projetos em todo Brasil serão contemplados até 2027.
A tecnologia social para o combate à fome tem sido prioridade no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Por meio da Secretaria para o Desenvolvimento Social (SEDES), o ministério investirá R$ 500 milhões na área de insegurança alimentar nos próximos quatro anos dentro do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT).
Junto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a diretoria de Tecnologia Social, Economia Solidária e Tecnologia Assistiva da SEDES apoiará diversos projetos para minorar os impactos da insegurança alimentar que atinge milhares de brasileiros no dia a dia.
“Estamos trabalhando para levar a tecnologia para o campo e agricultura familiar. Com isso, poderemos otimizar o tempo dos produtores, atingir uma fatia maior da população, baratear custos e dar um retorno financeiro viável para os agricultores que todos os dias colocam comida na nossa mesa”, disse o secretário da SEDES, Inácio Arruda.
Sônia da Costa, diretora de Tecnologia Social do MCTI, lembra que os recursos serão destinados para diversas áreas. Aquisição de equipamentos; projetos agroecológicos e outros desenvolvidos no semiárido, região mais vulnerável e acometida pela insegurança alimentar. “Apoiaremos também diversas cadeias produtivas como o caju, açaí, a apicultura e piscicultura”, lembrou.
Programa
O Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome foi lançado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em junho passado e é integrado para o desenvolvimento de soluções sustentáveis de combate à fome e à pobreza.
O objetivo é por meio do apoio à pesquisa e ao desenvolvimento de bioinsumos, bioprodutos e outras soluções que enriqueçam a nutrição de plantas para consumo humano. Além disso, promover a estruturação de arranjos produtivos locais e o fomento de novas tecnologias para o aumento da produtividade da agricultura familiar, ampliando a geração de trabalho e renda nas diferentes regiões, considerando a diversidade de biomas e sistemas de produção.
MPA
Representantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) estiveram reunidos no gabinete da SEDES na última terça-feira (05), para apresentar projetos nas áreas de tecnologia social.
Marcelo Leal, diretor do MPA, falou sobre a transformação digital para o desenvolvimento de aplicativos para educação agroecológica e a venda de produtos, além do desenvolvimento da agroecologia e as plantas medicinais e a parceria para cursos de extensão com universidades.
O MPA é um movimento camponês, de caráter nacional e popular, de massas, autônomo, de luta permanente, cuja base social é organizada em grupos de famílias nas comunidades camponesas. Atualmente, mais de 20 cooperativas estão integradas ao movimento que trabalha em todo Brasil, a fim de garantir a soberania alimentar para milhares de pessoas por meio da agricultura familiar, que hoje é responsável por cerca de 75% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.
Fonte: MCTI / GOVBR
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)