Programação inclui divulgação de dados, apresentação de selo e peças digitais com objetivo de lembrar a luta, apontar avanços e desafios enfrentados pela comunidade
Celebrado anualmente em 29 de janeiro, o mês da visibilidade trans chega aos 20 anos de existência em 2024. Com o objetivo de lembrar a luta e apontar avanços e desafios dessa parcela da população, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) lança, nesta segunda-feira (22), a campanha “ Os 20 anos da visibilidade trans ”, com uma série de ações digitais, apresentação de dados e eventos em homenagem à data.
Sob a coordenação da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, as ações nas redes sociais do MDHC e as atividades previstas farão parte de uma estratégia de defesa e conscientização dos direitos das pessoas transgênero no Brasil. São parceiros do MDHC nesta campanha os ministérios das Mulheres, da Saúde, a Secretaria-Geral da Presidência da República e o programa das Nações Unidas UNAIDS.
A programação inclui série de publicações com o objetivo de esclarecer temas sensíveis da pauta, divulgação de estudos e números relacionados ao público e dar visibilidade ao Disque 100, convocando a sociedade a denunciar casos de violência contra a população pessoas trans. A secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, será a porta-voz das iniciativas e destaca a importância da ação.
“2024 será o ano das principais entregas da nossa Secretaria. Começar com as celebrações dos 20 anos da visibilidade trans é extremamente representativo e estratégico para a população LGBTQIA+. Convido todas as pessoas para prestigiar os momentos alusivos a essa data”, enfatiza Larrat.
Conceito
Para apresentar a campanha, o MDHC criou um selo especial a fim de transmitir o conceito da campanha. A disposição dos 20 anos do mês da visibilidade trans faz referência à imagem de uma borboleta, um símbolo de transformação e liberdade.
A ideia é representar a jornada individual e coletiva da comunidade trans. Já as cores azul e rosa indicam elementos tradicionalmente associados aos gêneros masculino e feminino, enquanto o branco simboliza a inclusão e a aceitação de todas as identidades de gênero.
Conscientização
Palavras como orgulho, existência, conscientização e resistência são motes para a campanha. “O que é uma pessoa trans? Como funciona o processo transexualizador? Quais são os tipos de violações mais sofridas pela população trans? No que avançamos? E quais são os desafios?”.
Esses e outros temas serão esclarecidos por meio de ações online e eventos presenciais especialmente planejados para dar visibilidade às pessoas que sofrem todos os tipos de preconceitos por suas condições de gênero ou orientação sexual. As agendas e publicações serão divulgadas no portal do MDHC, redes sociais e eventos a serem transmitidos pelo canal do YouTube do órgão . A campanha já está no ar e as primeiras peças podem ser conferidas no instagram do MDHC .
Programação
Entre as atividades previstas até o fim de janeiro, constam participação do MDHC na Marcha pelo Dia da Visibilidade Trans, sessão solene na Câmara dos Deputados em alusão à data, reunião de gestores trans do Brasil, evento em homenagem à Visibilidade Trans no auditório do MDHC com a presença do ministro Silvio Almeida, entre outros.
20 anos de Visibilidade Trans no Brasil
Por meio de uma mobilização ocorrida em 2004 na Câmara dos Deputados com a campanha “Travesti e Respeito”, liderada por ativistas da comunidade trans em parceria com o Ministério da Saúde, o mês de janeiro traz a reflexão sobre a importância da visibilidade, representatividade e luta por acesso à saúde, à educação, à geração de emprego e renda e ao enfrentamento ao preconceito e à discriminação.
A bandeira LGBTQIA+ nas cores azul, branco e rosa indica que o Brasil é o país que mais mata pessoas que pertencem a esse movimento. Pessoas trans têm uma expectativa de vida de cerca de 35 anos, como indica a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
Conheça as redes sociais do MDHC
Disque 100
Canal gratuito e acessível, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) pode ser acionado por ligação gratuita bastando discar 100; WhatsApp (61) 99611-0100; Telegram (digitar “direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo); e site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em todas as plataformas as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante acompanhe o andamento da denúncia diretamente com o Disque 100.
Fonte: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)
Foto: Divulgação