Movimento Sindical lança manifesto por medidas de proteção à indústria nacional
O Sindiquímica Bahia, que representa os trabalhadores do ramo químico, petroquímico, plásticos, fertilizantes e terminais químicos da Bahia, lançou nesta sexta-feira, 20/09, um manifesto por medidas que garantam a proteção da indústria petroquímica e a retomada da produção nacional.
O documento, enviado para parlamentares e órgãos públicos dos governos estadual e federal, também é assinado pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico) e DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A entidade sindical alerta para o papel estratégico que a indústria petroquímica desempenha na economia brasileira, representando um elo fundamental entre diversos setores. No entanto, o cenário geopolítico global tem afetado diretamente a competitividade deste setor, em um contexto de concorrência de produtos importados, combinado ao elevado custo interno das principais matérias-primas.
“Torna-se imperativo que, no curto prazo, sejam adotadas medidas que protejam e incentivem a retomada da produção nacional dessa indústria”, cobra o Sindiquímica.
O documento pontua que o resto do mundo tem reconhecido que não há Estado forte sem uma indústria química robusta. Por isso, medidas protecionistas vêm sendo tomadas tanto por países em desenvolvimento quanto, e principalmente, por países desenvolvidos, através de políticas públicas, subsídios, incentivos e barreiras tarifárias voltados a incentivar e proteger seu parque industrial, garantindo a competitividade da produção local.
“O Brasil não pode ficar para trás neste momento em que se rediscute a industrialização do país de forma sustentável e duradoura, se propondo a enfrentar os obstáculos estruturais à maior competitividade e produtividade da indústria nacional. Ainda que a iniciativa da Nova Indústria Brasil (NIB) produza os benefícios esperados somente no longo prazo, é importante aproveitar a conjuntura interna favorável para pensar incentivos com efeitos no curso prazo”.
Políticas públicas urgentes
Com dados em estudos atuais do DIEESE, o Sindiquímica reforça que o aumento recente da atividade econômica e da demanda interna no país podem colaborar para a retomada da produção nacional da indústria química e a redução da ociosidade das empresas.
O Sindiquímica traça algumas medidas que podem ser adotadas como: tarifas de importação temporárias sobre produtos petroquímicos importados; incentivos fiscais condicionados à comprovação do impacto social e econômico gerado, com aumento no nível de emprego e melhoria nas condições de trabalho; e incentivos ao investimento em pesquisa e inovação, com rebatimento no aumento da produtividade.
Por fim, o movimento sindical se propõe a colaborar na implementação de políticas públicas de desenvolvimento produtivo, contemplando as diversidades dos territórios para o desenvolvimento local e regional.
Fonte: ASCOM Sindiquímica Bahia