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Projeto Axé leva às ruas do Pelourinho conscientização sobre combate à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes

É muito importante a gente lutar!”, afirmou a estudante Yasmin Vitória, de 11 anos. Ela é educanda do Projeto Axé, iniciativa que atua, há 33 anos, pela defesa dos direitos de crianças e adolescentes na Bahia. Nesta terça-feira, a ONG, que recebe apoio da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), realizou uma ação no Pelourinho, em Salvador, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do combate à exploração e abuso sexual cometidos contra o público infantojuvenil. 

A atividade integra a campanha nacional ‘Faça Bonito’, e abre a programação em alusão ao 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Criança e Adolescente.

Foto: Ascom/SJDH

“Esse não é um dia de festa, é um dia de luta. É dia de você pensar sobre como está o mundo, sobre a vida, sobre as crianças que passaram por abuso ou exploração”, completa Yasmin Vitória, que está no projeto Axé há três anos. Ela estuda na Escola Alexandre Leal Nazaré e frequenta as atividades da OSC no turno oposto. 

O ato começou às 9h30, com o Cortejo Faça Bonito, ao som da banda de percussão do Projeto Axé, e foi composto por uma programação multiartística. A garotada se apresentou com coreografias e espetáculos musicais; participou de oficinas de artes visuais e de aulas públicas ministradas pelas(os) assistidas(os) na Unidade de Arte-Educação Augusto Omolu.

Foto: Ascom/SJDH

“Estamos  aqui, nessa ação de mobilização, convocando toda a sociedade para defender os direitos sexuais de nossos meninos e meninas. como diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever do Estado, sociedade e família, proteger nossas crianças”, explicou Tatiana Sousa Vaz, gerente de Educação de Rua do Axé. “A exploração sexual prejudica todo o futuro, pois ocorre o abuso do corpo, da mente e de toda estrutura que poderia se desenvolver com toda proteção”, completou a educadora.

Além das apresentações artísticas, o Projeto Axé também levou às ruas a sua Unidade Móvel de Atendimento, o ‘Axé Buzu’, a fim de dar suporte, orientação e compartilhar informações sobre a defesa dos direitos infantojuvenis. Folders informativos também foram distribuídos aos transeuntes.

Foto: Ascom/SJDH

Diariamente, o Projeto Axé oferta atendimentos nas ruas e praças de Salvador, bem como atua em duas unidades de Arte-Educação. Artes Visuais, Capoeira, Dança, Estampa, Música e Moda são formações disponíveis para crianças, adolescentes, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade social.

Denuncie

Para denunciar, anonimamente, casos de violência sexual e outras violações de direitos de crianças e adolescentes, disque 100, gratuitamente. A denúncia também pode ser feita através do WhatsApp do MDHC (61 9.9656-5008).

Foto: Ascom/SJDH

O abuso e a exploração sexual ainda são infelizes realidades na vida de milhares de crianças e adolescentes no Brasil: em 2023, o ‘Disque 100’ registrou mais de 31 mil denúncias. Um dos casos mais emblemáticos é, ainda hoje, o assassinato de Araceli Cabrera Sanchéz Crespo, ocorrido em 18 de maio de 1973. A data foi escolhida para destacar a luta contra esta violação de direitos humanos.

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