Defensoria PúblicaEducaçãoJustiçaMunicípios

Ação civil pública da Defensoria assegura matrícula em creche a mães de Irecê

A ação é ampliável a outras mães que não conseguiram matricular os(as) filhos(as) em creches da rede municipal de ensino

Depois de não conseguir matricular os(as) filhos(as) em creches de Irecê, quatro mães procuraram a Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA), no início deste ano letivo, para reaver o direito das crianças à educação infantil. Em todos os casos, o município alegou indisponibilidade de vaga, restringindo o acesso e descumprindo princípios da Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 

Frente à negativa da Prefeitura, a DPE/BA ingressou com ação civil pública e o Poder Judiciário reaveu, no início deste mês, o direito de acesso, beneficiando as mães trabalhadoras e seus(suas) filhos(as). Ao acatar os argumentos arrolados pela Defensoria, o juiz do caso reforçou que é dever do Estado assegurar creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.

O defensor público que assina a petição, Felipe Ferreira, explicou que o município de Irecê costuma realizar sorteios entre as genitoras, método que limita e restringe a oferta do serviço. “O município tem obrigação de ofertar vagas em creches tanto quanto houver demanda e não ficar limitado à ideia equivocada de ‘reserva do possível’. Pela Constituição, o princípio que vale para crianças e adolescentes é o da prioridade absoluta”, explicou.

O defensor esclareceu ainda que a ação é ampliável a outras mães em mesma situação. “Genitoras que não conseguirem vaga para os(as) filhos(as) em creches da rede municipal de Irecê podem procurar a Defensoria do município para inclusão na ação”, detalhou.

As assistidas que buscaram a Defensoria são, no geral, mães solteiras, que ganham menos de 1.200 reais por mês e precisam do direito à creche para continuar trabalhando. Algumas, inclusive, têm problemas de saúde, o que as colocam em situação de maior vulnerabilidade ainda. Além do defensor Felipe Ferreira, atuaram na ação civil pública o servidor da DPE, Gustavo Dourado, e a estagiária de nível Superior Ana Carolina Pereira Rocha.

Fonte / Foto: DP/BA

Related posts

Suspeito de tentar matar a companheira tem mandado cumprido em Santo Antônio de Jesus

Fulvio Bahia

Comitiva do Estado se reúne com moradores de Feira de Santana afetados pelas chuvas

Fulvio Bahia

Candeias: Prefeitura implementa Lei para uso de energia solar no município 

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais