Em bateria brasileira, Tainá Hinckel fica na segunda colocação e vai para repescagem, assim como Tati Weston-Webb
Após os homens estrearem pela manhã deste sábado, dia 27, no surfe dos Jogos Olímpicos Paris 2024, na parte da tarde foi a vez das mulheres entrarem no mar de Teahupo´o, no Taiti darem seu show. E quem saiu com um sorriso no rosto foi Luana Silva, que venceu sua bateria contra a compatriota Tainá Hinckel e a alemã Camilla Kemp, e avançou direto para as oitavas de final da competição. Luana somou 7.27 pontos (4.50 + 2.77). Já Tainá ficou na segunda colocação, com 5.73 (2.90 +2.83) e vai disputar a repescagem. ´
Quem também caiu na água foi Tatiana Weston-Webb, que encarou uma bateria de alto nível contra a americana Caitlin Simmers e a australiana Molly Picklum. A brasileira pegou boas ondas, liderou boa parte da bateria, mas sofreu uma virada nos últimos minutospara terminar em segundo, com 10.33 (5.83 + 4.50). Tati disputará agora a repescagem do evento, neste domingo. A vitória ficou com Simmers que fez 12.93 (6.50 + 6.43), enquanto Picklum somou 8.44 pontos (5.77 + 2.67).
Os Jogos Olímpicos são a primeira competição oficial de Luana em Teahupo´o. Mesmo assim, ela não se intimidou e pegou bons tubos durante a bateria, vibrando muito a cada saída bem-sucedida. “É uma sensação incrível. Estou muito feliz com a minha primeira bateria olímpica e de ter vencido ela. Estou amarradona. Só queria botar para baixo e ir nas ondas certas. Foi muito diferente. Os Jogos Olímpicos é uma competição muito grande, ainda mais nessa onda que é desafiadora para mim. Estou feliz com meu surfe”, comemorou Luana, que após a vitória deu um forte abraço no pai e na mãe, presentes ao Taiti para torcer pela filha.
Enfrentar uma surfista do mesmo país não estava nos planos iniciais de Tainá Hinckel. A surfista catarinense, mesmo não avançando direto para o terceiro round do evento, ficou satisfeita com seu desempenho. “Estou feliz com minha performance, por estar sempre me superando. É uma onda desafiadora e eu estou aprendendo muito diariamente. É a minha segunda vez no Taiti e eu quero dar o meu melhor para representar o meu país. Não consegui passar a bateria, mas vou fazer o meu melhor para ir avançando. Realmente estrear com uma brasileira não era o que eu queria, por só passar uma atleta. Alguém tinha que perder, infelizmente fui eu, mas a gente segue para a próxima. Estou feliz por ela e ainda tenho mais uma chance”, projetou Tainá, que na repescagem encara a canadense Sanoa Dempfle-Olin.
Melhor surfista do país, Tati Weston-Webb pegou logo de cara a bateria mais forte da primeira fase dos Jogos Olímpicos. Ela enfrentou a líder do ranking mundial da WSL, Caitlin Simmers, e a quarta do ranking, Molly Picklum. Mesmo assim, a brasileira, atual sétima colocada na WSL, fez uma grande bateria, pegando bons tubos e liderando até os minutos finais, quando a americana virou o jogo. Agora, Tai enfrentará a atleta da Nicarágua Candelaria Resano na repescagem, neste domingo.
Na foto, a atleta Tati Weston-Webb – Foto: William Lucas/COB
“Infelizmente eu caí na segunda onda, que era maior e talvez pudesse mudar o resultado a bateria, mas estou feliz porque tentei ao máximo surfar ondas boas. Estou muito confiante ainda e vamos que vamos que eu tenho muita certeza que eu ainda vou fazer o meu melhor”.
Neste domingo, a partir das 14hs (horário de Brasília) serão disputadas as repescagens femininas e masculinas. Além de Tati e Tainá, que entram na água primeiro, o Brasil terá Filipe Toledo na água contra Billy Stairmand, da Nova Zelânida, às 23hs (de Brasília).
Fonte: COB
Foto: William Lucas/COB