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Inscrições abertas para residência em dança “Dembwa – Mapear o Movimento: tempo, memória e ancestralidade”

De 09 a 25 de junho, uma chamada ecoa no corpo de quem dança. É tempo de convocar a escuta, o gesto, o chão.

É tempo de mapear o movimento. Entre o batuque do ontem e o silêncio do agora, o projeto “Dembwa – Mapear o Movimento: tempo, memória e ancestralidade” abre inscrições para uma residência artística em dança, voltada a jovens artistas pretos/as e LGBTQIAPN+ da Bahia. Uma escuta coletiva. Uma partilha ancestral.

As inscrições podem ser realizadas através Formulário de Inscrição (Link Aqui – https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfC9YEcGBqEFuZGJKqaFwaFg1jc1TVJ6PesHJNsm3wW-TwT7A/viewform?usp=preview) ou através do perfil @Dembwa_ no Instagram.

A residência surge como expansão do espetáculo Dembwa, obra coreográfica criada e interpretada por Marcos Ferreira e Ruan Wills, que emerge das experiências autobiográficas dos artistas como homens pretos, periféricos, afeminados, dançarinos e filhos de terreiro. O intercâmbio é um convite para quem carrega em si as danças de casa, de terreiro, de festa, de esquina. É para quem dança o que lembra e também o que quer lembrar. Para quem entende o corpo como documento e encruzilhada.

Marcos Ferreira e Ruan Wills, corpos-ponte da memória e da invenção, guiarão seis encontros entre julho e o tempo-espaço de nossas raízes. Serão selecionades dez participantes, que receberão um cachê de R$ 1.000,00 e terão como espaço de criação o Espaço Xisto Bahia, nos dias 02, 04, 07, 09, 11 e 14 de julho, das 8h às 12h. Vale destacar que, no final da residência ocorrerá uma partilha pública e que a produção não se responsabilizará por transporte, alimentação e hospedagem de artistas que morem em outras cidades.

A convocatória da residência, ao ampliar os horizontes do espetáculo, propõe uma troca de saberes com novas corporalidades, criando um território de partilha e criação onde as experiências individuais se tornam coletivas. Essa é uma oportunidade para jovens artistas da dança se reconectarem com suas próprias raízes, investigarem seus movimentos e ampliarem suas ferramentas de expressão artística, reafirmando a dança como espaço político, poético e ancestral.

Convocação
Ao som de rezas, batuques e memórias, Dembwa tece um corpo de retalhos. Inspirado nas danças das religiões de matriz africana, no pagode baiano, no funk e em manifestações populares, o espetáculo narra vivências e afetos, atravessa a infância, os quintais, o silêncio e o grito, transformando gestos cotidianos em dança sagrada. Como afirma Ruan Wills, “o espetáculo permeia esses chãos que nos afirmam e nos fortalecem. E aí trazemos os ritmos e coreografias contemporâneas para dançar e firmar nossos corpos como referência ancestral do agora”.

“A residência convida bailarines, performers e artistas do corpo a mergulharem em uma pesquisa sensível e crítica sobre o movimento enquanto expressão que atravessa o tempo, convoca a memória e se enraíza na ancestralidade. O objetivo é construir, por meio da presença, do gesto e da escuta, um espaço de criação, partilha e elaboração poética a partir dessas camadas do existir e dançar”, explica Marcos Ferreira.

O projeto “Dembwa – Mapear o Movimento: tempo, memória e ancestralidade” é realizado com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura via Política Nacional Aldir Blanc – PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.

Os Artistas – Corpos-Memórias
Juntes, Marcos Ferreira e Ruan Wills coreografam memórias. Tecem figurinos em patchwork com retalhos de vida. Constroem um presente que é ponte entre o passado e o futuro – um agora ancestral. Marcos Ferreira é artista, dançarino, coreógrafo e multiplicador através da arte-educação. Atualmente, é dançarino e assistente na Jorge Silva Cia de Dança, companhia com mais de 30 anos de trajetória; diretor e coreógrafo do Grupo Jeitus de Dança e do Balé Jovem de Cajazeiras; e está cursando Licenciatura em Dança na Universidade Federal da Bahia.

Já Ruan Wills é corpo em estado de encruzilhada. Bailarino e coreógrafo, iniciou os estudos em dança ainda criança, com sua irmã em um grupo de axé music, mas ao longo de sua formação passou por escolas técnicas de ballet clássico, Dança de Salão, Dança moderna e contemporânea Experienciou o teatro em performance negra com o Bando de teatro Olodum e musical infantil, gravação de vídeo clips artísticos, Cia Oficial do Estado da Bahia e trabalhos independentes como o mais recente.

Serviço
O quê – Inscrições para a Residência Artística “Dembwa – Mapear o Movimento: tempo, memória e ancestralidade”
Quando – 09 a 25 de junho
Link para inscrição – https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfC9YEcGBqEFuZGJKqaFwaFg1jc1TVJ6PesHJNsm3wW-TwT7A/viewform?usp=preview
Mais Informações – perfil do Instagram do projeto @Dembwa_

Fonte: Assessoria de Imprensa
Foto – Alice Rodrigues

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