BrasilJustiçaMeio AmbienteMinistério PúblicoPreservação Ambiental

Ministério Público lança aplicativo que calcula danos ambientais por desmatamento

O ‘Valora’ será utilizado por promotores de Justiça para calcular de forma automática o valor de indenizações pecuniárias devidas em razão de danos causados ao meio ambiente por conta de ações de desmatamento

Um aplicativo desenvolvido para calcular o valor de danos ambientais causados por desmatamento na vegetação nativa dos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica foi lançado nesta segunda-feira (05), quando se comemora o ‘Dia Mundial de Meio Ambiente’, pelo Ministério Público do Estado da Bahia. Segundo o coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Meio Ambiente e Urbanismo do MP (Ceama), promotor de Justiça Yuri Lopes, o ‘Valora’ será utilizado por promotores de Justiça para calcular de forma automática o valor de indenizações pecuniárias devidas em razão de danos causados ao meio ambiente por conta de ações de desmatamento. O lançamento contou com a presença da procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti e do chefe de Gabinete, promotor de Justiça Pedro Maia.

De acordo com a técnica do Ceama, Rousyana Araújo, a metodologia do ‘Valora’ foi desenvolvida pelo Ceama em 2008. Agora, o Centro está lançando a sua versão automatizada, por meio do App. Nele, os promotores de Justiça poderão inserir o tamanho da área, em hectares, que teve a vegetação suprimida, a data de quando aconteceu a supressão e o bioma, para que, com esses dados, o aplicativo realize automaticamente os cálculos. Rousyana Araújo ressaltou que existem algumas metodologias de valoração no país, mas a do ‘Valora’ se diferencia das demais. Ela se baseia em duas premissas: avaliação das perdas de bens e serviços ecossistêmicos impostos à coletividade pela atividade causadora da degradação e análise da vantagem econômica auferida ou que será auferida pelo degradador a partir da realização da atividade causadora da degradação.

Também durante o evento, as servidoras da Unidade de Informações Ambientais, Jeliane Almeida e Patrícia Valesca, apresentaram a nova biblioteca do meio ambiente. Além disso, foi assinado um convênio entre a Fundação José Silveira e o Instituto Ynamata para execução do projeto ‘Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) nos Biomas da Bahia – Etapa II’. As entidades se comprometeram a desenvolver ações que contribuam para a conservação da paisagem nos biomas Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado por meio da criação de 17 novas RPPNS, que totalizarão cerca de 1,5 mil hectares de unidades de conservação privadas. A relevância da ação foi destacada nas palavras do promotor de Justiça Pablo Almeida, que agradeceu aos dois parceiros do MP e explicou que o Ministério Público desenvolveu o projeto ‘Biomas da Bahia’ para fomentar a criação das unidades de conservação no Estado. De julho de 2022 até junho de 2023, com a Etapa I do projeto RPPNs nos Biomas, foram criadas 29 RPPNs na Bahia, o que corresponde a 6.600 hectares de unidades de conservação em processo de desenvolvimento no estado.

Fonte / Foto: ASCOM MPBA

Related posts

Terceiro trimestre de 2023 tem crescimento no abate de bovinos, frangos e suínos

Fulvio Bahia

TRT-5 assina acordo de cooperação com o Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia

Fulvio Bahia

Beth Gomes estabelece novo recorde mundial no arremesso de peso

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais